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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

PÉ NA ESTRADA


Uma vez, quando eu ainda era criança eu li que os Mutantes, viajavam pelo interior de são Paulo tocando em um caminhão que lhes serviam de palco, eles simplesmente chegavam nas praças, pediam licença pra puxar um cabo de energia  da rede pública e mandavam bala. Essa atitude foi uma das coisas que mais me influenciou a montar um conjunto de Rock, e foi esta mesma atitude que me influenciou a criar o projeto invasão caipira, porém só agora em 2013, eu consegui fazer com que as pessoas acreditassem na minha ideia, e finalmente a secretaria de cultura da minha cidade Capanema do Pará , aprovou uma versão do projeto dirigido a zona rural do meu município, e assim consegui recursos para concretizar o meu sonho. E digo a vocês com sinceridade que estas apresentações nas vilas e distritos Capanemenses tem sido as melhores da minha vida.
   

E assim seguimos com a segunda edição do invasão caipira zona rural. Desta vez fomos até a vila de santa Cruz ou vila dos Farias como é conhecida naquela região. Fica a cerca de uma hora de carro de Capanema. Desta vez fomos todos no mesmo micro-ônibus. Pois a equipe do Manoel Hilário (que cuida do som) já tinha ido pela manhã pra vila para montar toda a estrutura e fazer uma propaganda volante por lá.


Depois de passarmos por Tauari, pela comunidade do Igarapé Apara, pela vila do Tamatateua e pela vila sorriso, a estrada virou um caminho no meio do mato, Flavio guitarrista da Octoplugs olhou pra mim e perguntou: mas tem gente lá?



Tem sim, e quase toda a comunidade compareceu a quadra de esportes de Santa Cruz para ouvir um pouco da discotecagem do DJ. Abajur e as apresentações do Psicotheremin e da Octoplugs. 



Crianças se amontoaram na frente e por trás do palco improvisado em uma extremidade da quadra, senhoras com cadeiras de praia, famílias, bebês, garotas, garotos, velhinhos e todo tipo de gente, tudo como eu sonhava Rock como arte popular pra todo mundo.
Desde a primeira vez que me apresentei com uma banda, sempre toquei pra pessoas vestidas com camisetas pretas de bandas, parecia que era sempre o mesmo público, e com o passar dos anos até este público sumiu dos eventos que eu idealizava, pois eu já não tocava o que eles queriam ouvir. Passou algum tempo pra eu perceber que eu estava oferecendo as minhas ideias pras pessoas erradas. Pois eu sou e sempre fui um artista popular e é o povo que me entende melhor, principalmente o povo do interior.

Agradeço de coração ao secretario de cultura Antônio Barata, por ter comprado a minha ideia, a Silvanea que intermediou e nos ajudou com as negociações e a Walmeire por sempre apoiar o meu grupo e por ter me convidado a dirigir o espetáculo popular “O Boi Estrele de São Jorge” onde tive as primeiras experiências como artista popular.

 PSICOTHEREMIN


 OCTOPLUGS



Um comentário:

  1. Justo que tenha tido algumas ideias, mas descordo de você nazo glins, colocar esse texto em primeira pessoa, pois o invasão foi uma iniciativa de todos da banda destruidores de toquio, e não só de uma pessoa!
    Isso a wal tem plena consciência nisso. Duvido se estivesse so teria saindo alguma coisa! Não seja individualista, tu não conseguistes as coisas sozinho, e sim com muito luta de Alex lima, Messias lima< etc... e rotorno da invasão quem esta fazendo? É você sozinho?

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